image/svg+xmlRev. @mbienteeducação, São Paulo, v. 15, n. 00, e022017, 2022.e-ISSN: 1982-8632DOI:https://doi.org/10.26843/ae.v15i00.11781EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (REGIÃO SUL DO CHILE)EDUCACIÓN AMBIENTAL PARA EL DESARROLLO SUSTENTABLE (REGIÓN DEL SUR DE CHILE)ENVIRONMENTAL DUCATION FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT (SOUTHERN REGION OF CHILE)Natalie MUÑOZ1Albino GONZÁLEZ2Carlos CONCHA3RESUMO: A pesquisa teve como objetivo gerar corpus teórico da Educação Ambiental para a promoção do desenvolvimento sustentável nos habitantes da Comuna de Villarrica, Província de Cautín, Região de La Araucanía-Chile. A metodologia foi focada no paradigma qualitativo com o método fenomenológico-hermenêutico. Os principais informantes constituíram cinco (05): três (03) membros da Câmara de Bairro e dois (02) habitantes da localidade. As técnicas de coleta de informações foram entrevistas aprofundadas e observaçãodireta. Na interpretação da informação, foram utilizadas as técnicas de categorização, estruturação, triangulação e teorização. O processo de análise das informações foi realizado por meio da investigação e interpretação dos achados mais significativos. Nas reflexões finais, o estudo levou à postulação de uma visão integrativa ativa, da Educação Ambiental na promoção do desenvolvimento sustentável, sendo possível abordar, desde a análise, explicações e construção coletiva, até a realidade. O corpus teóricopermitirá ao indivíduo compreender as relações de interdependência com seu ambiente, a partir do conhecimento reflexivo-crítico de sua realidade biofísica, social, política, econômica, cultural e espiritual para que, a partir da apropriação das condições concretas de existência, possam ser geradas atitudes nele e em sua comunidade, valorização da responsabilidade, cooperação, amor, solidariedade e respeito por sua integridade como ser. PALAVRAS-CHAVE: Educação. Meio ambiente. Desenvolvimento. Sustentável.1Universidade Miguel de Cervantes (UMC), Santiago Chile. Académico. Estudante de Doutorado em Educação, Mestre em Educação, Professor de Ciências com especialização em Biologia, Bacharelado em Educação. ORCID:http://orcid.org/0000-0002-5430-1517. E-mail: natalie.munoz@profe.umcervantes.cl2Universidade Miguel de Cervantes (UMC), Santiago Chile. Acadêmico.Estudante de Doutorado em Educação.Engenheiro de Administração, Bacharel em Administração. ORCID:https://orcid.org/0000-0003-1574-5390. E-mail: albino.gonzalez@profe.umcervantes.cl3Universidade Miguel de Cervantes (UMC), Santiago Chile. Académico. Estudante de Doutorado em Educação.Mestre em Educação. Engenheiro em Administração de Empresas com especialização em Finanças. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5155-9694. E-mail: concharojascarlos@gmail.com
image/svg+xmlRev. @mbienteeducação, São Paulo, v. 15, n. 00, e022017, 2022.e-ISSN: 1982-8632DOI:https://doi.org/10.26843/ae.v15i00.11782RESUMEN: La investigación tuvo como propósito generar corpus teórico desde la Educación Ambiental para el fomento del desarrollo sustentable en los habitantes de la Comuna Villarrica, Provincia de Cautín, Región de La Araucanía-Chile. La metodología estuvo focalizada en el paradigma cualitativo con el método fenomenológica-hermenéutico. Los informantes clave constituido por cinco (05): tres (03) integrantes de la Junta Vecinal y dos (02) habitantes de la localidad. Las técnicas de recolección de información fue laentrevista en profundidad y la observación directa. En la interpretación de información se utilizaron las técnicas de: categorización, estructuración, triangulación y teorización. El proceso de análisis de la información se realizó por medio de la indagación e interpretación de los hallazgos más significativos. En las reflexiones finales el estudio conllevó a postular una visión integradora activa, desde la Educación Ambiental en el fomento del desarrollo sustentable, siendo posible aproximarse, a partir de los análisis, explicaciones y la construcción colectiva, a la realidad. El corpus teórico permitirá al individuo comprender las relaciones de interdependencia con su entorno, a partir del conocimiento reflexivo-crítico de su realidad biofísica, social, política, económica, cultural y espiritual para que, a partir de la apropiación de las condiciones concretas de existencia, se puedan generar en él y en su comunidad actitudes, valoración de responsabilidad, cooperación, amor, solidaridad y respeto por su integridad como ser. PALABRAS CLAVE: Educación. Ambiente. Desarrollo. Sustentable.ABSTRACT: The purpose of the research was to generate a theoretical corpus from Environmental Education to promote sustainable development in the inhabitants of the Villarrica Commune, Cautín Province, La Araucanía-Chile Region. The methodology was focused on the qualitative paradigm with the phenomenological-hermeneutical method. The key informants made up of five (05): three (03) members of the Neighborhood Board and two (02) inhabitants of the town. The information collection techniques were the in-depth interview and direct observation. In the interpretation of information, the techniques of: categorization, structuring, triangulation and theorizing were used. The information analysis process was carried out through the investigation and interpretation of the most significant findings. In the final reflections, the study led to the postulation of an active integrating vision, from the Environmental Education in the promotion of the sustainable development, being possible to approach, from the analyzes, explanations and the collective construction, the reality. The theoretical corpus will allow the individual to understand the relationships of interdependence with their environment, based on reflective-critical knowledge of their biophysical, social, political, economic, cultural and spiritual reality so that, based on the appropriation of the concrete conditions of existence, attitudes and appreciation of responsibility, cooperation, love, solidarity and respect for his integrity as a person can be generated in himand in his community.KEYWORDS: Education. Environment. Development. Sustainable.
image/svg+xmlRev. @mbienteeducação, São Paulo, v. 15, n. 00, e022017, 2022.e-ISSN: 1982-8632DOI:https://doi.org/10.26843/ae.v15i00.11783IntroduçãoA realidade planetária e suas dificuldades ambientais tornaram-se um cenário que não pode ignorar a pobreza, a fome, as mudanças climáticas, a desertificação, os raios ultravioletas que entram na troposfera, a extinção das espécies, entre outros, evidenciando a necessidade de comportamento ambiental ético por parte dos cidadãos. Portanto, o ambiente natural é considerado como o campo fundamental da existência humana, pois privilegia um diálogo e uma relação mais diretos como base para promover a criação de vínculos de pertencimento cultural e o desenvolvimento de uma participação próxima e profunda entre o humano e o natural. Desde Haussman, no século XIX, até os atuais momentos pós-moderno, os espaços da sociedade têm sido sujeitos a intervenções com impactos negativos gerados pela humanidade apesar dos planos e discursos estratégicos ambientais, enfaticamente, progressistas e integrativos que foram desenvolvidos ao longo do tempo; como afirmado, Gattino e Milesi (2013, p. 5, tradução nossa) afirmam:Estamos hoje diante de um grande paradoxo: ao mesmo tempo em que estamos criando todas as condições para o desaparecimento da espécie humana, criamos todas as condições para viabilizar a relação e o encontro global como espécie. Ameaçamos a sobrevivência e, ao mesmo tempo, fortalecemos os meios de convivência e comunicação. O cuidado com a própria vida tem sua expressão em diversas dimensões claramente interrelacionadas: autocuidado, cuidado com os outros e cuidado com o meio ambiente. Vamos dar uma olhada mais de perto em uma dessas dimensões.Em outras palavras, a categorização dualista do mundo, baseada nas dicotomias: sujeito/objeto, deus/mundo, ciências espirituais/naturais, mente/corpo, espírito/matéria, que foram expressas como parte do processo de educação ambiental, marcaram a divisão do natural e do ser humano. Isso significa que, por um lado, as ciências naturais se dedicaram a estudar as relações entre os elementos bióticos e abióticos do ecossistema, excluindo o ser humano e, de outro, as ciências do espírito adotadas como objeto de estudo da organização social e cultural.Nestes tempos de mudanças e turbulências, o ambiente reproduz o sistema dominante das relações sociais, um espaço construído como expressão ontoepistêmica de um palco histórico, por isso a desvalorização ambiental é a clara evidência de uma crise civilizacional. Além disso, observa-se que, ao abordar o campo da Educação Ambiental, é fácil demonstrar a preocupação comum, especialmente por uma dimensão disso, o ambiente natural e o reconhecimento de seu papel para a melhoria da relação ser-meio ambiente-sociedade a partir de processos educacionais relevantes. De acordo com González (2007, p. 109, tradução nossa):
image/svg+xmlRev. @mbienteeducação, São Paulo, v. 15, n. 00, e022017, 2022.e-ISSN: 1982-8632DOI:https://doi.org/10.26843/ae.v15i00.11784A educação ambiental descreveu claramente algumas das marcas desse importante campo pedagógico. A conveniência da educação ambiental expressa na forma de mais uma disciplina curricular foi descartada desde o início; pelo contrário, insistiu-se a necessidade de construir uma dimensão que atravessasse todas as áreas do currículo. De acordo com essa ideia, a Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental realizada em Tbilisi (UNESCO 1977) observou a conotação interdisciplinar e multifatorial de uma educação ambiental orientada à ação, buscando fortalecer até mesmoa articulação do conteúdo educacional como um todo, e dando origem a novos modelos de formação e informativos para ajudar os alunos a entender a realidade que os cerca com um sentido global.Na verdade, a educação ambiental claramente tinha algumas direções de equivalência ao campo pedagógico; Expressando-se como norma curricular, no entanto, insistiu-se a necessidade de cimentar uma dimensão que cobrisse todas as áreas do currículo. Além disso, na Conferência de Educação Ambiental, realizada em Tbilisi, esteve vinculada à intervenção multidisciplinar e multifatorial para a ação; enfatizando com os conteúdos educativos na formação para ajudar os alunos a alcançar a realidade do contexto de forma globalizada. SÁNCHEZ (2012, p. 49, tradução nossa), indica:A educação ambiental é concebida como um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade se conscientizam sobre seu meio ambiente e adquirem os conhecimentos, valores, habilidades, experiência e serão capazes de fazê-los agir individual e coletivamente para resolver problemas ambientais atuais e futuros.Nessa perspectiva, fica claro que é um processo que afeta as pessoas, que tem uma inclinação para o atitudinal e comportamental, mas que não deve ser baseado apenas na aquisição de uma série de conhecimentos e habilidades, mas no desenvolvimento integral do ser, que permite educar para a vida, justamente enfrentando os grandes problemas da relação ser ambiente-sociedade,ampliando sua conceituação e tema, levou a refletir sobre o papel da culturados povos, a revitalização dos indígenas, o papel vital das mulheres, a inclusão de aspectos físico-naturais, mas também econômico, político, técnico, histórico, moral e estético.Por sua vez, no Chile, segundo a Díaz (2016, p. 4, tradução nossa), aponta:"desde 1984, o Meio Ambiente é considerado de uma perspectiva disciplinar, em 1990 o Ministério da Educação estabeleceu o objetivo de incorporar a Educação Ambiental ao currículo". Isso significa que, em meados dos anos 80 e 90, a Educação Ambiental é incorporada ao currículo chileno. De fato, os Programas Oficiais da educação chilena começam a dar relevância e importância ao estudo do meio ambiente, começando com formação permanente para todos os professores, a fim de aprofundar o conhecimento em termos de convivência, problemas e
image/svg+xmlRev. @mbienteeducação, São Paulo, v. 15, n. 00, e022017, 2022.e-ISSN: 1982-8632DOI:https://doi.org/10.26843/ae.v15i00.11785soluções ambientais. No entanto, ROMÁN (2018, p. 17, tradução nossa) indica que a Educação Ambiental do Chile:Tem um processo de desenvolvimento há mais de 50 anos, no qual houve avanços, retrocessos e contradições na implementação. No entanto, não tem liderança e sua natureza voluntária não facilitou seu fortalecimento na prática, uma vez que os projetos não são sustentáveis ao longo do tempo. Um de seus pontos fortes consiste na implantação formal e não formal, podendo abranger todos os cidadãos.Significa que, os avanços na Educação Ambiental no Chile, houve avanços, restrições e objeções na execução dele, razão pela qual uma verdadeira liderança não foi assumida na aplicação dos conteúdos e práticas nos projetos que podem ser sustentados no tempo e no espaço, portanto, asdecisões têm sido geradas de forma geral em atividades livres e longe de ações sociais e produtivas dos interesses e necessidades dos cidadãos.Nessa ordem de ideias, o desenvolvimento sustentável é o processo que, inspirado em um novo paradigma, orienta sobre as mudanças que devem ser praticadas em valores, forma de gestão, critérios econômicos ecológicos e sociais, para mitigar a situação de mudança global em que nos encontramos e adotar um caminho mais alinhado com as possibilidades da natureza que nos acolhe. Nesse sentido, Estrella e González (2014, p. 4, tradução nossa) expõem:A Comissão Mundial do Meio Ambiente e do Desenvolvimento (CMMAD), criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 19 de dezembro de 1983, definiu o conceito de sustentabilidade como um modo de vida individual que começa de forma particular até chegar de forma geral ao desenvolvimento sustentável como desenvolvimento que atenda às necessidades do presente sem entender o que as gerações futuras têm para atender às suas próprias necessidades.Levando-se em consideração o que foi dito acima, baseou-se em uma concepção de sustentabilidade como um modo de vida próprio ou particular até alcançar o desenvolvimento sustentável como progresso que compensa as necessidades atuais e ser projetado para asgerações futuras. Apesar de todos os avanços que têm sido feitos no desenvolvimento sustentável, observa-se que mesmo em alguns países, especificamente o Chile, não experimentou um verdadeiro desenvolvimento em regiões ou comunas. Segundo Zúñiga (2015, p.11, tradução nossa), reflete esse desenvolvimento sustentável:Está especificamente na área de degradação ambiental, ou seja, o esgotamento dos recursos naturais e a deterioração da base de recursos por meio da poluição. A omissão do fator ambiental nesse sentido pode desfazer muitos dos benefícios econômicos extraídos dos recursos naturais no Chile.
image/svg+xmlRev. @mbienteeducação, São Paulo, v. 15, n. 00, e022017, 2022.e-ISSN: 1982-8632DOI:https://doi.org/10.26843/ae.v15i00.11786